segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

arte me engana

A arte me engana
E mesmo assim me encanta
Me leva para lugares encantados
Me leva daqui
Me mostra muitos paraísos
Pequenos e frágeis
Vastos paraísos
Válidos paraísos
Duram o tempo de um bolha de sabão

A arte me apresenta desconhecidos
Encontros imprevisíveis
Imprevistos bem vindos
Mundos outros
Outros dias
Outras dinâmicas
Outras esperanças novas
Novidades
Quando é outro dia de tédio
Mais um dia de tristeza temática

A arte me ofereçe
Fortunas imateriais
Companhias sedutoras
Compromissos de alma
Comprometimentos intensos
Comprovantes de resistência
Me apresenta “deuses e monstros”
Me oferta dúvida e tristeza
Êxtase e alegria suave
“Plenitude sem fulminação”
Implosão
Tormenta
Antídotos
Anteparos

A arte fabrica sonhos
Amortece o torpor
Diviniza a queda
Ergue a vida da vertigem
Vira vertigem
Cora a vida
Corre o dia
Rios de vida
Largos de felicidade
Sensibiliza “corações desmaiados”
“Meu coração sonolento”

A arte encarna desejos
Confirma o amanhã
“O desejo de manhãs”
Os prazeres dos dias inteiros
Inventa afetos
Afirma a fantasia
Me encarna
Me encara
Me levita
Sublinha meus desejos

Me engana a seu gosto
Me engana que eu gosto
Com seus próprios modos e formas
Me engana, me distrai , eu gosto...
O gosto da “Ar te” toda em mim,
Sua altitude....
Seu arco-íris antes do temporal
Sua cor depois do temporal

Sua feição
Me levanta
Sua face
Me espanta
Sua altitude
Me fascina
“Me sinto tão alto”Não há engano.

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