“Whitedoor II”
Trabalho selecionado no I Salão Arte e Cidade - Escola de Belas Artes/2008
Trabalho selecionado no I Salão Arte e Cidade - Escola de Belas Artes/2008
“A função da arte é construir imagens da cidade que sejam novas, que passem a fazer parte da própria paisagem urbana”.
(Nelson Brissac Peixoto)
A obra apresentada compõe uma série em processo, tendo como enfoque um dispositivo de caráter publicitário e comum à paisagem urbana na contemporaneidade: os outdoors. Trata-se de um exercício fotográfico de captura de outdoors brancos, “whitedoors”, subvertendo a sua função primordial de anunciar, publicar, divulgar algo, resignificando-o a partir da consideração de sua forma como elemento estético e expressivo. Num momento em que o panorama da cidade convida o olhar dos citadinos a perder-se pelos milhares de cartazes, banners, neons, anúncios, panfletos ao vento, configurando a paisagem urbana como um “jornal de serviço”, a oportunidade de encontrar um quadro limpo, um lugar branco na cidade que ainda não esteja coberto pela abundância de “imagem-palavra”, é quase nula. Diante de um horizonte que não se deixa perpassar, da “paisagem que é um muro” (PEIXOTO, 1996), o olhar é um embate. O excesso de matéria visual, o cruzamento de diversos espaços e tempos, suportes e tipos de imagem, os outdoors, com seu extenso alcance visual e seu caráter público, se destaca cada vez mais no “cenário” urbano, também por seu forte apelo visual endereçado a propagação comercial e estimulo ao consumo.
Composta por 48 fotografias (formato 10x15 cm) impressas em papel adesivado, as imagens irão compor um painel de outdoors brancos aplicados manual e diretamente sobre a parede, otimizando-a enquanto suporte para instalação da obra. A composição é elaborada a partir do preenchimento de uma área pela imagem do outdoor branco, e outra pelo próprio “vazio-branco” na parede, culminando em duas áreas brancas. O gesto pretende incitar neste caso, uma reflexão em torno do branco como possibilidade, um elemento caracterizador de ausência, seja de imagem, seja de palavra.
(Nelson Brissac Peixoto)
A obra apresentada compõe uma série em processo, tendo como enfoque um dispositivo de caráter publicitário e comum à paisagem urbana na contemporaneidade: os outdoors. Trata-se de um exercício fotográfico de captura de outdoors brancos, “whitedoors”, subvertendo a sua função primordial de anunciar, publicar, divulgar algo, resignificando-o a partir da consideração de sua forma como elemento estético e expressivo. Num momento em que o panorama da cidade convida o olhar dos citadinos a perder-se pelos milhares de cartazes, banners, neons, anúncios, panfletos ao vento, configurando a paisagem urbana como um “jornal de serviço”, a oportunidade de encontrar um quadro limpo, um lugar branco na cidade que ainda não esteja coberto pela abundância de “imagem-palavra”, é quase nula. Diante de um horizonte que não se deixa perpassar, da “paisagem que é um muro” (PEIXOTO, 1996), o olhar é um embate. O excesso de matéria visual, o cruzamento de diversos espaços e tempos, suportes e tipos de imagem, os outdoors, com seu extenso alcance visual e seu caráter público, se destaca cada vez mais no “cenário” urbano, também por seu forte apelo visual endereçado a propagação comercial e estimulo ao consumo.
Composta por 48 fotografias (formato 10x15 cm) impressas em papel adesivado, as imagens irão compor um painel de outdoors brancos aplicados manual e diretamente sobre a parede, otimizando-a enquanto suporte para instalação da obra. A composição é elaborada a partir do preenchimento de uma área pela imagem do outdoor branco, e outra pelo próprio “vazio-branco” na parede, culminando em duas áreas brancas. O gesto pretende incitar neste caso, uma reflexão em torno do branco como possibilidade, um elemento caracterizador de ausência, seja de imagem, seja de palavra.
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