(Trabalho apresentado no Salão Regional de Artes Visuais da Bahia-Edição Itabuna/2008)
"Cada obra de arte se apresenta, então, como mero fragmento,
uma minúscula peça arbitrariamente recortada de um tecido
infinitamente mais amplo".
(Brissac Peixoto)
"Arquitetura: o que transcende a construção"
"Arquitetura: o que transcende a construção"
(Paulo Casé)
Esta obra integra a série intitulada CiC-Cidade Cenário e pauta-se no jogo relacional entre o olhar, o corpo e a cidade, enquanto campo de afeto visual e conceitual. Em suas três partes, me interessa explorar a idéia de fragmento, instalando uma relação entre a arquitetura urbana e o corpo enquanto matéria dividida, instrumental e fraturada. Para isso são usadas diversas cópias fotográficas retiradas da janela de meu apartamento, a primeira tratando-se de um edifício abandonado ocupado pelo MSTS-Movimento Sem-Teto de Salvador, e a outra do edifício da UERJ no Rio de Janeiro. Estas fotografias são recortadas manualmente tendo cada parte a mesma dimensão. Junto a estes ‘fragmentos de imagem’, é agregado um cubo com faces compostas por fotografias. O jogo proposto é pensar na idéia do olhar que se depara e confronta na contemporaneidade, com a grande dimensão das arquiteturas que ocupam e se instalam em cada pequena porção de espaço na cidade. O olhar que só vê janelas, pilares, andaimes, andares, verticalidades de concreto e ruína, condesadas em corpos de cimento, poeira, ferro e cal. Refletir a arquitetura em sua possibilidade de permanência e no mesmo tempo de fratura e decomposição em que “ruinas e obras se confundem” (Brissac Peixoto). A presença da imagem de um estudo ideal da figura humana, inseri no trabalho esse outro corpo, o dos citadinos, buscando problematizar a relação esvaziada de ‘experiência’ (Benjamim) carnal, corporal, sensorial que estes mantem com o espaço urbano. Arquitetura e corpo se expressam e se refletem matematizados, idealizados, instrumentalizados, condicionados a rigidez, ao endurecimento, reduzidos a projeto e esvaziados de sentido. Corpo e arquitetura se mostram desumanizados e carentes de experiência. Ambos se espelham e se desafiam na urbe contemporânea.
Esta obra integra a série intitulada CiC-Cidade Cenário e pauta-se no jogo relacional entre o olhar, o corpo e a cidade, enquanto campo de afeto visual e conceitual. Em suas três partes, me interessa explorar a idéia de fragmento, instalando uma relação entre a arquitetura urbana e o corpo enquanto matéria dividida, instrumental e fraturada. Para isso são usadas diversas cópias fotográficas retiradas da janela de meu apartamento, a primeira tratando-se de um edifício abandonado ocupado pelo MSTS-Movimento Sem-Teto de Salvador, e a outra do edifício da UERJ no Rio de Janeiro. Estas fotografias são recortadas manualmente tendo cada parte a mesma dimensão. Junto a estes ‘fragmentos de imagem’, é agregado um cubo com faces compostas por fotografias. O jogo proposto é pensar na idéia do olhar que se depara e confronta na contemporaneidade, com a grande dimensão das arquiteturas que ocupam e se instalam em cada pequena porção de espaço na cidade. O olhar que só vê janelas, pilares, andaimes, andares, verticalidades de concreto e ruína, condesadas em corpos de cimento, poeira, ferro e cal. Refletir a arquitetura em sua possibilidade de permanência e no mesmo tempo de fratura e decomposição em que “ruinas e obras se confundem” (Brissac Peixoto). A presença da imagem de um estudo ideal da figura humana, inseri no trabalho esse outro corpo, o dos citadinos, buscando problematizar a relação esvaziada de ‘experiência’ (Benjamim) carnal, corporal, sensorial que estes mantem com o espaço urbano. Arquitetura e corpo se expressam e se refletem matematizados, idealizados, instrumentalizados, condicionados a rigidez, ao endurecimento, reduzidos a projeto e esvaziados de sentido. Corpo e arquitetura se mostram desumanizados e carentes de experiência. Ambos se espelham e se desafiam na urbe contemporânea.
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